A percepção do universo captada pela ordinária visão de um jornalista terráqueo

terça-feira, 1 de julho de 2008

Vírus


Mova-se por um bom tempo até o sol cair e destruir a coesão entre a máscara e a verdadeira cara das pessoas. Neste momento taciturno é que eles elegem alguma parte de seus próprios corpos como o centro do universo. Vaidade niilista, vanglória pó, orgulho vão.

Por um sudeste mais ativo, podemos avistar membros mortos de uma fábrica deserta de laticínios. Vida gorda sugada da teta até que a ferida mais doída do mamilo esquerdo tenha o câncer desenvolvido, espalhado e escondido.

Existem casos em que nada como um cigarro, esfumaçando o entremeio de passos sem direção, para aliviar a falta de ar de um enfisema social. Ferida aberta e exposta ao sol; temperada com limão, pimenta e sal.

3 comentários:

Fabio Raphael disse...

Realmente. Belo texto Osama!

João Prado disse...

ele, o mc da fuça preta, voltou. ele volta as vezes: como vírus

Daniel Boa Nova disse...

Tira esse espirro da minha cara!