A percepção do universo captada pela ordinária visão de um jornalista terráqueo

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Mais um associado da Paz Verde

Um sábio já diria: se está insatisfeito, não fique reclamando, aja. Eu, como leigo que sou, acabo de empregar uma pequena ação. Sim, bem pequena, mas, para mim, muito significativa e com a esperança de que esse exíguo ato encontre pela frente uma bola de neve. Bom, embora a esperança seja a frutificação, quero, desde já, cortar pela raiz (mesmo que isso, nesse momento, pareça contraditório) qualquer idéia que possa transparecer uma pretensão vaidosa da minha parte.

Filiei-me ao Greenpeace. Há tempos admiro o trabalho deles, dando a cara pra bater em diversas situações tensas, sempre lutando por causas justas. Sei que existem pessoas com argumentos contra a ONG, mas não pretendo entrar em méritos de politicagem, pelo menos agora.

Como um amante incondicional da natureza, dos verdes campos, dos animais e das águas, sou intransigente perante a degradação do meio ambiente e do Planeta Terra como um todo.

Sei que, mesmo tendo essa condição intrínseca nos meus valores, essência e personalidade, por vezes ainda peco, agindo passivamente. A intenção também não é crucificar-me para atingir a beatificação do abutre e nem apontar o dedo para indolentes desavisados, mesmo porque compreendo que os moldes da sociedade não ajudam muito nessa situação. No entanto, creio que essa atitude de agregar-me ao Greenpeace sirva também como um auto-policiamento, ajudando a conscientizar-me cada vez mais da eminente necessidade de cuidar melhor do nosso Planeta.

Quero mudança na relação do homem com o meio ambiente e, portanto, dou o meu primeiro passo em prol dessa causa, como cyberativista:




Se você também tem interesse em filiar-se ao Greenpeace, clique aqui.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Retrato em preto e branco

É natural do homem estar sempre em busca de explicações para as coisas da vida, como a origem do universo ou o que nos espera após a morte.

Teorias e mais teorias são construídas ao longo do tempo, criando ideologias que perduram por eras. No entanto, certas ideologias se estrepam no dia em que surge uma nova constatação, seja esta para aprimorar ou destruir totalmente o que se pensava, dando origem a um novo raciocínio e filosofia. Por exemplo, quantos conceitos e concepções já não foram aprimorados ou totalmente derrubados no ínterim que abrange a Idade Medieval aos dias de hoje?

Só para se ter uma idéia, de lá para cá o Planeta Terra já foi quadrado e plano, a igreja católica a entidade mais influente - mesmo quando inquisitória ou corretora celeste - e os homens negros já foram escravos e moedas de troca.

Hoje, qualquer uma dessas ideologias está integralmente ultrapassada, embora, de certa forma, ainda causem alguns efeitos. Todos sabemos que o planeta é globular (teoria já inocauteável), a igreja católica não é mais robusta como em outrora (muito menos algumas de suas antigas, e logo renegadas, teorias absurdas) e os negros, apesar de ainda sofrerem conseqüências de um obscuro passado recente, aos poucos conquistam o seu, mais do que merecido, espaço na sociedade.

Muitos pensadores e formadores de opinião auxiliaram significativamente na construção de um mundo melhor. Por um outro lado, alguns, com os seus conceitos, conseguiram deturpar o ideal de paz na Terra.

Um fato que ocorreu no ano passado me marcou muito e há tempos estava ensaiando tocar no assunto. É gozado como teorias podem cair por terra através de simples, porém caprichosas, ironias da vida.

Não que antes fosse condescendente de tais banalidades, mas esse fato caiu-me como um contragolpe certeiro na estupidez humana.

Em julho de 2006, na cidade de Middelsbrough, no Reino Unido, foi registrado um caso raro na genética. Kerry Richardson, de 27 anos, deu luz a gêmeos um tanto diferentes: Layton, que é loiro como o pai e Kaydon, que se parece com a mãe - descendente de nigerianos.

Eis os benditos:




Preto e branco, irmãos, vindos do mesmo ventre. Esse retrato carrega no seu âmago uma profunda poesia, que, para mim, ajuda a derrubar conceitos nefastos como o racismo ou o ideal de raça pura, ariana etc. Como se quisesse passar uma lição para os homens, essa fotografia parece dizer: o natural é a diversidade, portanto não tripudieis nem mateis uns aos outros achando que sois superiores.

Bom, essa é a minha percepção, a forma como absorvi esse acontecimento. Sei que o racismo ainda está longe de ser suprimido, mas de fato vem sofrendo forte minimização com o tempo.

Para finalizar, publico aqui pequenos versos que fiz como recado para os obtusos remanescentes em questão:

Racistas não insistam em, comigo, argumentar
onde vocês vêem pele, eu vejo vida
onde vocês vêem sangue, eu vejo alma